A série de atos que compõem este episódio chamado conquista
(especificamente a conquista romântica ou flerte ou affair),
normalmente tido como prelúdio, ou intervalo, ou contratempo...
esse episódio é uma das coisas mais divinamente formidáveis.
A distinção que quero fazer é mais evidenciando o que outrora ja devaneei:
A conquista tem hora que me cheira a um fim em si,
muito mais que propriamente um mero percalço pra um suposto Todo que seria 'o abate'.
Sem querer e já sendo grosseiro: me falta palavra com semântica mais de derradeiro,
embora com teor carniceiro, pra me remeter mais ao sentimento de fatalidade.
Isto chamo de "a fatalidade do tê-la" (ter a contraparte romantizada), pois que o proximo passo será,
o que aqui relevo por já vir considerando há muitos insights,
a tristeza inerente a vida, e o tempo, inevitaveis a passar.
De tal forma, tão assim, situo-me (e nem nego que possa ser passageiro, como daqui pra amanhã)
que de certo modo, tanto faz, ou aparentemente tanto faz,
ou PRETENSAMENTE tanto faça (pelo momento em questão: razoavelmente conturbado)
relativamente nenhum mal,
que nao venha a ocorrer um retorno supostamente querido da contraparte romantizada,
neste episódio, de há pouco,
cujo especificamente nesses dias, pela configuração desses dias,
foi inconsientemente querido,
conscientemente mastigado,
algumas vezes cuspido,
mas dubiamente desejado.
Pois que venho ultimamente me boicotando,
por motivos de deixar a vida levar embora outros capítulos.
Se é que de fato, conscientizo honestamente sobre isso.
Então, sendo a conquista, um fim em si,
ainda que se tenha vivido pela correntenza adrenalítica inerente,
agora há pouco, a Epopeia,
e depois destes suados e eternos 10 minutos
em que se ensaiou, e concretizou-se,
no encontro do coletivo - muito coletivo -
a falsa trombada pra entrega de bilhetinho....
Sendo, a conquista, um fim em si,
se é livre, inclusive pra boicotar seu "futuro eu prisioneiro do alheio",
do que independe de si (até que vida prove o contrário. As vezes tristemente. As vezes felismente.).
Se se apaixonas pela conquista,
boicota a tudo que não faz bem que parece que faz,
como a filha da puta da carência.
Pode boicotar inclusive sua contraparte romantizada,
quando na playlist do celular vier Jorge e Mateus,
ou o livro que carregas for parente da saga crepúsculo,
ou de repente não houver essa certeza toda de que os olhos verdes e cabelo alaranjado
justifiquem essa beleza que se desenha remotamente.
Dentro da conquista em si, é um dos momentos em que o homem vence a maior vitoria que pode ser, a sobre si mesmo.
Especulo intenso o quão injusto somos de efemerizar o episódio da conquista.
As vezes em que mais lembro de sentir verdadeiramente a vida,
como rompendo o cenário da peça de teatro que é esta,
foi quando posto a fortes tensões sociais,
a fortes tensões da relação com o outro mais distante,
e na conquista a tensão vem misturada a cheiros, gestos, formato de pescoço colidindo com formato do rosto, da boca, do rosto, os olhos, rabo de cavalo,
cor da camisa.
Num seminário, oficina, minicurso, palestra, a mim especificamente isso também ocorrera,
mas sem as misturas
justificativas da poesia maior.
Aliada a alcool, então?
A conquista, transforma a vida de um jeito,
porque tem potencial pra tudo,
inclusive do perigo da cegueira (mas não quero falar sobre isto agora).
Nela, o que pode ser um simples ato natural, inerente e inevitavel, da doce donzela colher seu bilhetinho,
depositar suavemente no bolso, até parecendo que sentes o quão desejosa o fez esse ato..
um simples ato bobo, se torna um vitorioso desenho composto de frames lentificados, semi-eternos, valiosos e dignos de uma idealização completamente condenavel.
Mais humanamente compensatória.
Resultando num menino cirilamente feliz (adjetivo relativo a círilo do carrosel)
mesmo ciente da temporialidade desse estado,
mas indefinidamente realizado por consumir o presente de uma maneira
que pode ser muito mais adubo pruma essencia interior mais vigorosa.